domingo, 4 de abril de 2010

Acessórios de numismática

Existe um conjunto vastos de acessórios de numismática que com o tempo e os conhecimentos que vamos adquirindo sentimos necessidade de comprar. Para além do conjunto básico indispensável, como seja a lupa, os alvéolos e o catálogo por vezes torna-se útil ter à mão uma balança, um candeeiro com lupa e até mesmo um microscópio ou uma máquina fotográfica. Este material destina-se, como é óbvio, a coleccionadores mais avançados e experientes, que se encontram já num estágio superior de conhecimentos. Todos estes artigos podem ser adquiridos nas lojas de numismática ou na internet.

Lupa
Permite-nos visualizar em pormenor as moedas que estamos a estudar e mesmo ser utilizada quando vamos comprar moedas e queremos avaliar correctamente o seu estado de conservação. A lupa é uma ferramenta indispensável porque existem muitos pormenores que não se consegue ver à vista desarmada e nem mesmo com lupas de fraca ampliação. Existem no mercado vários tipos de lupas com diversos formatos e tamanhos, desde lupas de bolso até lupas incorporadas em candeeiros com luz própria. Escolha uma boa lupa que tenha no mínimo uma ampliação de 10x.

Catálogo
Os catálogos ou anuários são uns pequenos livros de bolso que são publicados anualmente por alguns comerciantes. Neles podemos encontramos uma descrição resumida de todas as moedas desde a monarquia até ao euro, incluindo os seus valores em vários estados de conservação. Contém ainda as moedas das ex-colónias portuguesas e uma secção dedicada à notafilia e cédulas. O catálogo dá-nos uma visão global das moedas portuguesas mais recentes, auxilia-nos na recolha de elementos essenciais aos nossos registos e dá-nos preços de referência quando pretendemos adquirir moedas. É um elemento de consulta indispensável e que deve ser adquirido todos os anos.

Alvéolos e cápsulas
Existem dois tipos de alvéolos: os de agrafar e os de colar. Os primeiros são mais baratos do que os segundos. Os de agrafar poderão ter o inconveniente de os agrafos enferrujarem. Em contrapartida em qualquer altura podemos facilmente voltar a retirar a moeda e reaproveitar o alvéolo. Os de colar têm a desvantagem de, por vezes, começarem a descolar se utilizarmos um alvéolo com uma medida muito próxima da da moeda. Outro inconveniente é o de já não se poder retirar a moeda sem destruir o alvéolo. Contudo, em termos estéticos, prefiro estes últimos aos primeiros. Se optar por alvéolos de agrafar, escolha agrafes pequenos feitos de um material que não enferruje e não se esqueça que também vai precisar de um agrafador.

Pode ainda guardar as suas moedas em cápsulas de acrílico transparente. As cápsulas são significativamente mais caras que os alvéolos e têm a vantagem de ter uma utilização muito fácil. Não há cola nem agrafos, é só colocar a moeda numa das metades e encaixar a outra. As cápsulas podem ser guardadas em tabuleiros ou em caixas de madeiras próprias que também existem à venda.

Álbuns e folhas
Há vários modelos de álbuns. Uns com folhas para 12 alvéolos e outros para 20. De várias cores, simples ou com capas protectoras. A escolha será sempre uma questão de preço e de gosto. São mais baratos do que os tabuleiros e são recomendados para quem inicia agora a sua colecção.

Tabuleiros
Os tabuleiros são para mim a melhor forma de guardar as moedas comemorativas. São feitos em acrílico transparente e têm o interior forrado a veludo, o que permite expor as moedas com outra apresentação. Existem com cavidades de vários tamanhos e formatos sendo adequados para alvéolos de várias medidas. Têm a vantagem adicional de poderem ser empilhados e formar um pequeno armário. O manuseamento das moedas é muito prático sendo facilmente colocadas ou retiradas.

Balança de precisão
Escolha uma balança com uma precisão mínima de 0,01g, de preferência de bolso. A balança permite-lhe pesar as suas moedas e verificar se estão conforme o peso original e, em última análise, vai ajudá-lo a detectar moedas falsas. As balanças são muito utilizadas pelos coleccionadores de moedas antigas uma vez que estas moedas, mesmo semelhantes, têm sempre pesos distintos.

Paquimetro
O paquimetro é um instrumento de medição. Serve para medir o diâmetro e a espessura das moedas. Para a utilização na numismática é aconselhável adquirir um paquimetro digital. Na falta deste, pode sempre recorrer a uma régua.

Microscópio
Existem microscópios de mesa com ampliações desde 20x até 40x e de bolso de 60x a 100x. Muito mais potente do que uma lupa é ferramenta indicada para tirar todas as dúvidas, especialmente em falsificações e viciação de moedas.


Máquina fotográfica ou scanner
Colocar as imagens das suas moedas num programa de software numismático, em fóruns, em leilões, etc requer a utilização de uma máquina fotográfica ou de um scanner. Devido à melhor qualidade das imagens e ao preço cada vez mais acessível das máquinas, hoje em dia recorre-se cada vez mais à fotografia em detrimento do scanner. O objectivo final do trabalho irá determinar a escolha.

Luvas
As moedas devem ser manuseadas com cuidado para não tocarmos com os dedos no campo porque os ácidos gordos e o óleos segregados pelas mãos deixam impressões digitais indeléveis. Devem segurar-se pelo bordo, entre o polegar e o indicador. É aconselhável, por isso o uso de luvas de algodão quando se manuseam as moedas.

Pinça
A utilização de pinças para o manuseamento das moedas é outra forma de não haver um contacto directo entre as mãos e a moeda.Existem pinças de plástico e de metal com as pontas isoladas. Contudo, é necessária alguma prática para as utilizar com destreza de modo a evitar deixar cair acidentalmente as moedas na mesa ou no chão, resultando daqui consequências imprevisíveis para o seu estado.

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