Os valores das moedas de euro

Passados oito anos desde a entrada no euro, todos nós já estamos habituados à utilização desta moeda e às suas oito denominações. Porém, o cidadão comum, não coleccionador de moedas, poderá não saber que existem moedas de 1,5€ e 2,5€ e que têm igualmente curso legal.

Com certeza que já repararam que desde 2008 passámos a ter moedas comemorativas com valores que não eram habituais. Em vez dos tradicionais 5€, 8 € e 10€ passámos a ter moedas de 1,5€ e 2,5€.

Em 2002, quando foi introduzido o euro, o Banco Central Europeu manteve a tradição da cunhagem de moedas comemorativas relativamente às moedas nacionais. Ficou definido que os Estados-Membros podiam continuar a emitir moeda metálica para fins numismáticos ou de colecção, cumprindo, porém, as seguintes regras:

- Deverão necessariamente ter um valor facial diferente dos das 8 denominações destinadas à circulação, podendo, no entanto, ter valor facial coincidente com os das notas de euro de denominações mais baixas;
- Deverão ser significativamente diferentes das 8 denominações destinadas à circulação em termos de cor, diâmetro e espessura: as suas características são publicadas em Diário da República;
- O Estado-Membro emissor deve ser clara e facilmente identificável.

Quer isto dizer que não podem ser cunhadas moedas com valores iguais a 1c, 2c, 5c, 10c, 20c, 50c, 1€ e 2€. No caso dos 2€, existe porém uma ressalva. Os Estados-Membros do Eurosistema estão autorizados a emitir uma moeda comemorativa de 2 euros por ano. Este tipo de moeda apresenta uma face comum – igual à face da moeda corrente com a mesma denominação – e uma face nacional, alusiva ao evento que se pretende comemorar.

Segundo o determinado, podem ainda ser emitidas moedas com os valores das notas de euro com as denominações mais baixas, isto é, 5€ e 10€. Como se verifica, para além das moedas de 5€, 8€ e 10€, as de 1,5€ e 2,5€ enquadram-se nas regras estipuladas, bem como as de ouro FDC, no valor de 1/4 de euro ou 25 cêntimos.

Não deixa de ser assinalável esta descida repentina do valor facial das moedas comemorativas. Talvez a crise tenha também chegado à numismática e à INCM e já não haja tanto dinheiro para fazer dinheiro.

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