sexta-feira, 25 de junho de 2010

Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura

A realização do «Porto 2001 — Capital Europeia da Cultura» constitui um evento da maior importância, pelo que se julga oportuno assinalar esta efeméride através da emissão de uma moeda comemorativa cunhada em metal precioso e com elevado valor facial, adequado à projecção nacional e internacional deste acontecimento.
Série: Datas e Figuras da História de Portugal
Ano: 2001
Valor Facial: 500 escudos
Metal: prata 500 º/oo
Acabamento: normal
Diâmetro: 30 mm
Peso: 14 g +/- 1%
Bordo: serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 700.000
Escultor: Irene Vilar
Legislação: Decreto-Lei nº 167/2001, de 25 de Maio

A/: encontramos, no campo central, o valor facial da moeda «500 ESC.» e os traçados circulares semelhantes aos da outra face, circulados pela legenda «REPÚBLICA PORTUGUESA». No quadrante superior direito, a moeda ostenta o escudo nacional com a esfera armilar.

R/: encontramos o logótipo «Porto — 2001», a legenda «Capital Europeia da Cultura» e vários traçados circulares que simbolizam movimento para o futuro.

Capital Europeia da Cultura

A Capital Europeia da Cultura é uma iniciativa da União Europeia que tem por objectivo a promoção de uma cidade da Europa, por um período de um ano durante o qual a cidade possui a hipótese de mostrar à Europa sua vida e desenvolvimento cultural, permitindo um melhor conhecimento mútuo entre os cidadãos da União Europeia.

Esta iniciativa começou em 1985 sob iniciativa da ministra grega Melina Mercouri, com o nome de Cidade Europeia da Cultura. Apenas uma cidade era nomeada por ano, sendo a responsabilidade da organização do evento do Estado-membro ao qual pertencia essa cidade e sucediam-se por ordem alfabética dos países.

Em 1990, a o Conselho de Ministros decidiu alargar a iniciativa a outros países da Europa não pertencentes à União Europeia. Esta norma teria início apenas em 1996, ano em que terminava um ciclo completo e era limitada a países que segundo a Comunidade Europeia, respeitassem os princípios da democracia, do pluralismo e do estado de Direito. Segundo as novas regras era sugerido que fosse feita a alternância entre países membros e outros países, assim como se propunha a alternância entre capitais e cidades de província.

Em 25 de Maio de 1999, o Conselho de Ministros e o Parlamento, decidem mudar o nome de Cidade Europeia da Cultura para Capital Europeia da Cultura.

O título "Capital Europeia da Cultura" só pode ser atribuído pelo Conselho de Ministros da União Europeia. Actualmente, podem ser designadas "Capital Europeia da Cultura":

• uma cidade de um Estado-Membro da UE, seguindo uma ordem prevista;
• uma cidade indicada por um país terceiro europeu.

Os objectivos são valorizar a riqueza e a diversidade das culturas europeias, assim como as características comuns, e contribuir para um maior conhecimento mútuo dos cidadãos europeus.

É desejável que a iniciativa, as estruturas e capacidades criadas neste âmbito sejam utilizadas como base para uma estratégia de desenvolvimento cultural sustentável nas cidades em questão, garantindo os efeitos a longo prazo da manifestação "Capital Europeia da Cultura".

A União Europeia contribui financeiramente para a "Capital Europeia da Cultura".

Até 2009 este financiamento de cerca de 1,5 milhões de euros por capital, é atribuído pelo programa "Cultura" mediante projecto. Este programa pode ainda financiar projectos dos promotores dos eventos.

A partir de 2010 será atribuído às Cidades Europeias da Cultura um prémio em vez de um subsídio. Este prémio, em honra de Melina Mercouri será atribuído o mais tardar três meses antes do início da realização dos eventos.

Podem ainda subsidiar esta realização, os fundos estruturais e políticas e programas como "Aprender ao longo da vida", "Juventude", "Cidadania" ou "Multilinguismo".

Porto 2001 foi o nome dado à iniciativa Porto Capital Europeia da Cultura 2001 em conjunto com Roterdão.

A programação foi dividida em: teatro, música, dança, artes plásticas e arquitectura, programa de envolvimento da população, animação da cidade, circo, marionetas, literatura, odisseia nas imagens, ópera e ciência.

Esta iniciativa foi acompanhada por um forte investimento na recuperação e construção do espaço público da cidade. De destacar, a recuperação do Jardim da Cordoaria da Praça da Batalha e da Praça de D. João I, e as novas construções, o Edifício Transparente e Casa da Música obra emblemática deste evento, da autoria do arquitecto Rem Koolhaas.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Centro de Informação Europeia Jacques Delors – www.eurocid.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

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