quarta-feira, 9 de junho de 2010

V Centenário da Morte do Rei D. João II

Comemorando-se em 1995 o 5º centenário da morte do rei D. João II, figura do maior relevo no panorama da história de Portugal e grande continuador do processo dos descobrimentos marítimos portugueses, iniciado pelo seu tio D.Henrique, julga-se da maior oportunidade assinalar esta efeméride pela emissão de uma moeda comemorativa cunhada em metal precioso e com elevado valor facial, adequado à projecção nacional e internacional que se deseja imprimir a esta comemoração.
Série:
Ano: 1995
Valor Facial: 1.000 escudos
Metal: prata 500 º/oo
Acabamento: normal
Diâmetro: 40 mm
Peso: 28 g +/- 1%
Bordo: serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 600.000
Escultor: Nogueira da Silva
Legislação: Decreto-Lei nº 110/95, de 23 de Maio

A/: Apresenta, do lado direito do campo, delimitado por cercadura dupla lisa e quadrilobada de recorte gótico, o escudo das armas nacionais, sobrepondo-se parcialmente às cercaduras, do lado esquerdo, a empresa do rei D. João II, tendo como corpo o pelicano alimentando os filhos e como alma o moto “Pola Lei e pola Grei”, na orla superior, a legenda “República portuguesa” e, na orla inferior, o valor facial “1000 Escudos”, tudo em letras de recorte gótico com separadores de dois pontos.

R/: Apresenta, do lado esquerdo do campo, delimitado por cercadura lisa e, na parte superior, por cercadura multilobada com aneletes nas pontas, e efígie de D. João II de perfil à direita, segundo um retrato da época, do lado direito, uma caravela quatrocentista de dois mastros navegando para ocidente em mar encarpelado e, na orla, a legenda em letras de recorte gótico “D. João II: Rei de Portugal: 1495-1995”:

D. João II

D. João II, décimo-terceiro Rei de Portugal (Lisboa, 3 de Maio de 1455 – Alvor, 25 de Outubro de 1495), cognominado O Príncipe Perfeito pela forma como exerceu o poder. Filho do rei Afonso V de Portugal, acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro na tomada de Arzila. Enquanto D. Afonso V enfrentava os castelhanos, o príncipe assumiu a direcção da expansão maritima portuguesa. Sucedeu ao seu pai após a sua abdicação em 1477, mas só ascendeu ao trono após a sua morte, em 1481.

Concentrou então o poder em si, retirando-o à aristocracia. Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da casa de Bragança e apunhalou pelas suas próprias mãos o seu primo Diogo, Duque de Viseu. Governando desde então sem oposição, D: João II foi um grande defensor da política de exploração atlântica iniciada pelo seu tio-avô Infante D. Henrique, dando prioridade à busca de um caminho marítimo para a Índia para o que ordenou as viagens de Bartolomeu Dias e de Pêro da Covilhã.

O seu único herdeiro, o príncipe Afonso de Portugal estava prometido desde a infância a Isabel de Aragão e Castela, ameaçando herdar os tronos de Castela e Aragão. Contudo o príncipe morreu numa misteriosa queda em 1491 e durante o resto da sua vida D. João II tentou, sem sucesso, obter a legitimação do seu filho bastardo Jorge de Lancastre.

Em 1494, na sequência da viagem de Cristóvão Colombo, que recusara, negociou o Tratado de Tordesilhas com os reis católicos, morrendo no ano seguinte sem herdeiros legítimos, tendo escolhido para sucessor o duque de Beja, seu primo direito e cunhado, que viria a ascender ao trono como D. Manuel I de Portugal.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

Subscribe | More

Sem comentários:

Enviar um comentário