quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ano Internacional do Deficiente

A exemplo da iniciativa da UNICEF e do secretariado do IYDP - International Year of Disabled Persons, de estabelecer um programa internacional de emissão de moedas para assinalar 1981 como o ano internacional das pessoas deficientes, dentro de uma vasta campanha, a nível mundial, com vista a prevenir as incapacidades, a intensificar a assistência ao deficiente e a educar o público acerca dos seus direitos e necessidades, por sugestão da CCNOD - Comissão Coordenadora Nacional dos Organismos dos Deficientes, o Governo como manifestação do real interesse que o assunto merece por parte da população portuguesa, determina que se proceda a uma emissão de moedas alusivas ao acontecimento.

Seguindo o critério adoptado pelo Secretariado do IYDP para as emissões internacionais, também a emissão nacional de moedas contempla a representação em efígie de personalidades de mérito, que, ou alcançaram posições de relevo, a despeito das suas incapacidades, ou se distinguiram pelo contributo cientifico que puseram à disposição dos deficientes.

É assim que a escolha recaiu sobre o nome de 2 portugueses ilustres: António Feliciano de Castilho, intelectual de grande prestigio na cultura portuguesa do século passado, e Jacob Rodrigues Pereira, judeu de origem portuguesa, considerado um dos beneméritos da humanidade por ter sido o iniciador de um método de ensino para surdos-mudos e autor da obra Observations sur les sourdes-muets, publicada em França no ano de 1762.

Ano: 1981 (emitida em 1984)
Metal: cuproníquel 75/25
Acabamento: normal
Diâmetro: 28,5 mm
Peso: 11 g +/- 2 %
Bordo: serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 2.000.000
Escultor: Marcelino Norte de Almeida (anverso) e Armando Matos Simões (reverso)
Legislação: Decreto-Lei n.º 253/82, de 4 de Setembro, rectificado pelo Decreto-Lei n.º 22/83, de 22 de Janeiro

A/: Apresenta no centro do campo o escudo das armas nacionais, orlado na parte superior pela legenda "República Portuguesa" e na parte inferior pela inscrição do respectivo valor facial em algarismos 25$00.

R/:Ostenta a legenda circular, na orla superior, "Ano Internacional do Deficiente 1981", em duas linhas, e, na orla inferior, "Trabalho-Reabilitação". No campo, a efígie de António Feliciano de Castilho, interrompendo a legenda na orla inferior, e, à esquerda, o seu nome e as eras "1800-1885", em 6 linhas.

Ano: 1981 (emitida em 1984)
Metal: cuproníquel 75/25
Acabamento: normal
Diâmetro: 34 mm
Peso: 16,5 g +/- 1,5 %
Bordo: serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 1.000.000
Escultor: Marcelino Norte de Almeida (anverso) e Armando Matos Simões (reverso)
Legislação: Decreto-Lei n.º 253/82, de 4 de Setembro, rectificado pelo Decreto-Lei n.º 22/83, de 22 de Janeiro

A/: Apresenta no centro do campo o escudo das armas nacionais, orlado na parte superior pela legenda "República Portuguesa" e na parte inferior pela inscrição do respectivo valor facial em algarismos 100$00

R/: Ostenta a legenda circular, na orla superior, "Ano Internacional do Deficiente 1981", em duas linhas, e, na orla inferior, "Trabalho-Reabilitação". No campo, a efígie de Jacob Rodrigues Pereira, interrompendo a legenda na orla inferior, e, à direita, o seu nome e as eras "1715-1780", em 5 linhas.

A declaração pelas Nações Unidas de que o ano de 1981 seria dedicado às pessoas deficientes levou ao lançamento pla UNICEF, em Março de 1980, de um vasto programa internacional de emissão de moedas comemorativas, cujos lucros de comercialização seriam utilizados para custear uma campanha, a nível mundial, de prevenção das incapacidades, de assistência aos incapacitados e de educação pública sobre os seus direitos e necessidades.

Por sugestão da Comissão Coordenadora Nacional dos Organismos dos Deficientes (CCNOD), a INCM preparou uma amoedação alusiva ao Ano Internacional do Deficiente, tendo convidado em Maio de 1981 o escultor Armando Matos Simões para executar os desenhos, cuja temática versaria duas personalidades portuguesas de reconhecido mérito no círculo dos incapacitados.

A escolha recaiu sobre António Feliciano de Castilho (1800-1885), grande figura da cultura portuguesa do século XIX, apesar de invisual, e Jacob Rodrigues Pereira (1715-1780), considerado como um dos beneméritos da Humanidade por ter sido o iniciador de um método de ensino para surdos-mudos.

Na estrutura monetária desta emissão seguiu-se o exemplo das moedas comemorativas das autonomias regionais (25 e 100 escudos de cuproníquel), com uma alteração importante: o projecto original do escultor Matos Simões para o anverso comum, muito estilizado e sem uma clara percepção dos símbolos heráldicos nacionais, seria substituído pelo modelo de Norte de Almeida primeiramente utilizado na moeda comemorativa do Marechal Carmona e nas moedas de Alexandre Herculano, iniciando-se assim uma prática de normalização da representação do Escudo Nacional nos anversos de amoedações comemorativas.

Apesar de aprovada por despacho do secretário de Estado do Tesouro, Walter Marques, de 15 de Outubro de 1981, a publicação definitiva do diploma autorizando esta cunhagem só teve lugar em Janeiro de 1983 (Decreto-Lei n.º 253/82, de 4 de Setembro, rectificado pelo Decreto-Lei n.º 22/83, de 22 de Janeiro).

As duas moedas desta série acabariam por ser lançadas em circulação em Junho de 1984, por ocasião da abertura do XV Congresso Mundial de Reabilitação. Por proposta de António Trigueiros, foi incluído nesse diploma um articulado que permitia a afectação ao Ministério dos Assuntos Sociais de parte dos lucros das amoedações (50.000 contos), para financiamento de programas de reabilitação de deficientes.

António Feliciano de Castilho

Fidalgo da Casa Real, por sucessão a seus maiores, cavaleiro da antiga ordem da Torre e Espada; oficial da imperial ordem da Rosa do Brasil, bacharel formado em Cânones pela Universidade de Coimbra, comissário geral de instrução primária pelo método português, que ele criou; sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, membro do Real Conservatório, vogal do Conselho de Instrução Pública e do antigo conselho dramático; sócio da Sociedade Jurídica de Lisboa, e da Literária Portuense, do Instituto Histórico de Paris, da Academia das Ciências e Belas Letras de Ruão, da dos Ardentes de Viterbo, da Academia de História de Madrid, e da Arcádia Romana, com o nome de Memnide Eginense, escritor e poeta, etc.

Nascido em Lisboa a 28 de Janeiro de 1800, onde também faleceu a 18 de Junho de 1875. Era filho do Dr. José Feliciano de Castilho, médico da Real Câmara e lente de prima da Universidade (V. esse nome), e de sua mulher, D. Domicilia Máxima de Castilho.

Era uma criança enfezadinha, que afinal começava a tomar prometedoras proporções, quando adoeceu gravemente, manifestando sérios sintomas de tísica, receando-se muito que não pudesse salvar-se. Resistiu, porém, e já lia e escrevia quando nos 6 anos o sarampo o prostrou novamente no leito, tomando um carácter gravíssimo; ainda teve a fortuna de resistir, mas com a infelicidade de ficar privado da vista, tornando-se inúteis todos os meios empregados pela medicina, especialmente por seu pai, para o livrar da terrível cegueira.

Custa a acreditar que, aprendendo somente pelo que ouvia ou lhe diziam, Castilho pudesse alcançar tão grande erudição, o conhecimento superficial dumas poucas de línguas, e a ciência da língua portuguesa tanto a fundo, que não é fácil determinar aquilo em que mais primava, nem decidir-se se o poeta era maior que o prosador.

Acompanhado por seu irmão Augusto Frederico de Castilho, quase da mesma idade, com ele estudou humanidades, se instruiu no conhecimento dos poetas latinos, que foram sempre os seus estudos predilectos, e com ele se matriculou na Universidade de Coimbra, na faculdade de Cânones, em que ambos se formaram.

Foi discípulo do padre José Fernandes, latinista de primeira ordem e poeta muito apreciável, a quem deveu os elementos necessários para adquirir o conhecimento profundo da língua latina, que sempre o distinguiu. 0 seu talento poético começou a desenvolver-se, sendo ainda criança; versejava com a máxima facilidade, e os seus primeiros versos tinham já o cunho melodioso e bocagiano; que foi o característico da sua poesia.

Tinha 16 anos, quando escreveu e publicou um Epicedio na morte da augustissima senhora D. Maria I rainha fidelissima. Esta poesia causou a maior surpresa, por ser firmada por um poeta de tão tenra idade, e sobretudo cego. 0 paço agradeceu a homenagem à memória da soberana, concedendo-lhe uma pequena pensão, que teve apenas o carácter dum aplauso e dum incitamento.

Em 1818 publicou outro poemeto, intitulado: Á faustissima acclamação de S. M. o S. D. João VI ao throno. Estas duas composições granjearam-lhe o despacho da propriedade duma escrivaninha de ofício de escrivão chanceler e promotor do Juízo da Correição da cidade de Coimbra, cujo lugar, pelo seu natural impedimento, era exercido por seu tio António Barreto de Castilho.

Em 1820 publicou uma ode á morte de Gomes Freire e seus Socios, e nesse ano também imprimiu anonimamente o elogio dramático, A Liberdade, para se representar num teatro particular. No sarau realizado na sala dos capelos da Universidade em 21 e 22 de Novembro de 1820, recitou várias composições, que andam insertas na Collecção publicada em Coimbra

Em 1821 imprimiu o seu poema pseudo‑clássico Cartas de Echo e Narciso, dedicadas à mocidade académica. Em Outubro de 1826, sendo provido no priorado de S. Mamede da Castanheira do Vouga seu irmão Augusto, que abraçara o estado eclesiástico, e que era o seu companheiro inseparável, seguiu-o àquela solidão alpestre escondida nas abas da serra do Caramulo.

Ali viveu durante oito anos. Os tempos eram difíceis, as perseguições políticas começaram pouco depois, seguiu-se-lhes a guerra civil; os seus ecos dolorosos chegavam por vezes aos recôncavos daquele retiro; seguia-os o susto, o sobressalto, a inquietação do espírito; pois através de tudo lá penetraram também os rumores da revolução literária que ia lavrando na Europa, e isto bastou para lhe alvoroçar a alma.

Foi nessa época que traduziu as Metamorfoses e os Amores de Ovídeo, que escreveu muitos dos versos que depois se incorporaram nas Excavações poeticas, e que compôs dois poemetos: A noite do Castello e os Ciumes do Bardo. A publicação das Cartas de Echo e Narciso motivou ao poeta uma aventura romanesca. Uma dama reclusa no convento de Vairão, D. Maria Isabel Baena Coimbra Portugal, escreveu-lhe dando-se como uma nova Echo, e perguntando se ele procederia como Narciso.

Esta intriga galante deu em resultado a série de quadras do Amor e Melancolia, que o poeta compôs, e publicou em Coimbra no ano de 1828. Esta senhora veio a ser sua esposa, realizando-se o casamento em 29 de Julho de 1834. Pouco durou este idílio, porque D. Maria Isabel faleceu em 1 de Fevereiro de 1837. No ano de 1840 acompanhou seu irmão Augusto à ilha da Madeira, e assistiu à sua morte em 31 de Dezembro desse ano.

Castilho tentou vulgarizar a história de Portugal numa publicação por fascículos, intitulada Quadros históricos. A Sociedade propagadora dos Conhecimentos Úteis, que fundara o jornal literário 0 Panorama, publicou em 1839 oito fascículos desta obra, em que colaborou Alexandre Herculano, escrevendo o último quadro. Nesse mesmo ano passou as segundas núpcias com D. Ana Carlota Xavier Vidal, natural da ilha da Madeira, que faleceu em 1871.

Nos primeiros dias de 1841 voltou da ilha da Madeira, e em 1 de Outubro publicava-se o 1.º número da Revista Universal Lisbonense, por ele fundada e dirigida, uma das folhas que mais serviços prestou à agricultura, à industria, às artes, à historia, à moralidade e às letras. Deixou a direcção da Revista em 17 de Junho de 1845, e nesse ano e no seguinte, de colaboração com seu irmão, o conselheiro José Feliciano de Castilho, deu principio à Livraria Clássica Portuguesa, onde escreveu as biografias e juízos críticos com referência a Bernardes e a Garcia de Resende.

Em 1846 fez uma rápida passagem pela política, militando no partido cartista, e escrevendo um panfleto intitulado: Chronica certa muito verdadeira da Maria da Fonte, escrevida por mim mesmo que sou seu tio, o mestre Manuel. da Fonte, sapateiro do Peso da Regoa, dada á luz por um cidadão demittido que tem tempo para tudo.

Por esse tempo começou também a luta em que empenhou uma grande parte da sua vida, para fazer adoptar o seu método de leitura, contra o qual se levantaram grandes polémicas. Depois, duma luta pertinaz pela violência dos adversários, só ficou vitorioso em parte, porque se o governo o nomeou comissário para a propagação do seu método e lhe deu um lugar no conselho superior de instrução pública, nunca lho fez adoptar oficialmente, e foi esse o eterno pesar da sua vida.

Em 1847, desgostoso por ver a frieza com que fora acolhida em Portugal a sua inovação, partiu para os Açores, onde se demorou até 1850. Em Ponta Delgada escreveu o Estudo Historico-Poetico de Camões, enriquecido de curiosas notas, fundou uma tipografia, onde se imprimiu o jornal o Agricultor Michalense, a convite da sociedade promotora da agricultura da ilha, sendo, Castilho o redactor principal; estabeleceu conferências que despertaram o amor de estudo; fundou a sociedade dos Amigos das Letras e Artes; escreveu a Felicidade pela agricultura, o Tratado de Mnemonica, o Tratado de metrefìcação, as Noções rudimentares para uso das escolas, e traduziu os Cloloquios aldeãos de Timon; tentou radicar a tipografia e a gravura em madeira; compôs para aplicar a poesia à música, e torná-la por isso mais atractiva, o hino do trabalho que se tornou muito popular, o dos lavradores, e o da infância no estudo; por sua iniciativa se criaram na ilha escolas gratuitas, umas de instrução primária, outras de instrução secundária; aí se ensaiou pela primeira vez o método de leitura repentina.

No dia 22 de Fevereiro de 1850 regressou a Lisboa, e empregou-se com violência na luta contra os adversários do seu método de leitura, que se publicaram duas edições em 1850 saindo a 3.ª em 1853, refundida e acompanhada de vinhetas, com o titulo de Methodo portuguez Castilho.

Esta propaganda também motivou grandes polémicas, em que por vezes Castilho se excedeu, como na Tosquia de um Camello, carta a todos os mestres das aldeias e das cidades, em 1853; O ajuste de contas, em 1854, e Resposta aos Novissimos impugnadores do Methodo portuguez, de 1854, publicando neste mesmo ano a 4.ª edição do Methodo.

Em 1853 foi nomeado comissário geral de instrução primária; então abriu cursos públicos em Lisboa, Leiria, Porto e Coimbra, para instruir os professores. Em 1865 foi ao Brasil com o intuito de propagar, o seu Methodo donde voltou nesse mesmo ano, sendo recebido amigavelmente pelo imperador D. Pedro II, a quem dedicou o seu drama Camões, e de quem foi sempre dilecto amigo, até à morte.

Quando D. Pedro V criou em 1858 as três cadeiras do Curso Superior de Letras, ofereceu a Castilho a cadeira de literatura portuguesa, que ele não quis aceitar. Em 1861 publicou se a nova edição do Amor e melancolia, aumentada com a Chave do enigma, parte complementar desenvolvida, com a autobiografia do poeta até 1837.

Em 1862 publicou-se a tradução dos Fastos de Ovídeo, em 6 volumes, seguida de copiosíssimas notas escritas a seu convite por diferentes escritores portugueses. Em 1863 publicou-se o Outono, colecção de poesias. Em 1866 foi a Paris em companhia de seu irmão José Feliciano de Castilho, sendo ali apresentado a Alexandre Dumas, de quem era apaixonado admirador.

Nesse ano publicou em Paris a Lyrica d'Anacreonte; em 1867, também em Paris, apareceu urna edição luxuosa da tradução das Geórgicas de Virgílio; em 1868 saíram os Ciumes do Bardo, com a tradução em italiano pelo próprio autor.

Castilho empreendeu a tradução do Fausto, de Goethe, primeira parte, sobre uma tradução francesa. Surgiu uma polémica violenta, chamada a Questão faustiana. Existe um grande número de cartas de Castilho publicadas em jornais e revistas a este respeito, que bem mereciam ser coligidas em volume.

O titulo de visconde de Castilho foi-lhe concedido em duas vidas por decreto de, 25 de Maio de 1870. A sua morte foi muito sentida, e no seu funeral viram-se representadas todas as classes da sociedade, os ministros, os seus colegas da Academia, os representantes das letras e do jornalismo, os homens mais ilustres no exército, da magistratura, do professorado e da armada.

Do visconde de Castilho veio publicada uma minuciosa biografia escrita por A. X. Rodrigues Cordeiro no Almanach de lembranças para 1877 7, outra pelo Dr. Teófilo Braga, na Encyclopedia Portugueza Illustrada, em publicação no Porto, vol. 2.°, pág. 639 e 640; e outra por Latino Coelho, na Revista Contemporânea tomo 1, pág. 297 a 312, 353 a 360. 453 a 459, continuando no vol. II. de pág. 177 a. 183. e de pág. 321 a 336. No Dictionnaire des contemporains, de Vapereau, 3.ª edição, pág. 339, vem também a seu respeito uma notícia biográfica. Para comemorar o centenário do nascimento do notável homem de letras, colocou-se em 28 de Janeiro de 1900 uma lápide na propriedade onde elle nasceu, a S. Pedro de Alcântara.

Jacob Rodrigues Pereira

Jacob Rodrigues Pereira (11 de Abril de 1715 - 15 de Setembro de 1780) foi educador de surdos, francês, que embora usasse gestos, defendia que os surdos deveriam ser oralizados.

Nascido em 1715 em Peniche no seio de uma família judia com raízes em Chacim, Macedo de Cavaleiros, emigrou ainda criança para Bordeaux levado pelos pais, Magalhães Rodrigues Pereira e Abigail Ribea Rodrigues, que tentavam escapar à Inquisição.

Foi em França que desenvolveu o seu trabalho com surdos. Usava o alfabeto manual para o ensino da fala. Nunca publicou os seus estudos, sendo que apenas se conhecem os seus métodos devido ao testemunho de alguns de seus alunos e alguns documentos que a família conseguiu preservar - esses métodos consistiam na crença de que a configuração da mão designava a posição e o movimentos dos órgãos de fala aquando da produção do som, além das letras usadas na escrita para representar o som.

Modificou o alfabeto manual de Bonet, fazendo corresponder a cada gesto, um som.

Embora toda a vida tenha defendido que a fala era necessária ao surdo, nos últimos anos aceitou a ideia de que a língua gestual era a melhor forma de comunicação entre surdos.

Bibliografia
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Portal da História - www.arqnet.pt
TRIGUEIROS, António Miguel, A Grande História do Escudo Português, 2003, Colecções Philae
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