quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ponte Vasco da Gama

Inaugurando-se em Março de 1998 a nova ponte sobre o rio Tejo— Ponte Vasco da Gama —, julga-se da maior oportunidade assinalar este evento com a emissão de uma moeda comemorativa cunhada em metal precioso e com elevado valor facial, adequado à projecção nacional e internacional deste notável empreendimento.
Ano: 1998
Valor Facial: 500 escudos
Metal: prata 500 º/oo
Acabamento: normal
Diâmetro: 30 mm
Peso: 14 g +/- 1%
Bordo: serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 1.000.000
Escultor: Vítor Santos
Legislação: Decreto-Lei nº 62/98, de 17 de Março

A/: contém a legenda «República Portuguesa», o escudo nacional, uma interpretação da rosa-dos-ventos de Jorge Aguiar (1492) e a imagem da ponte, com apenas um dos pilares da margem norte
e uma linha mais ou menos horizontal a traduzir a distância entre as duas margens, elevando-se à chegada. Valor, «500 escudos», colocado abaixo da ponte, aberta no relevo.

R/: apresenta a legenda «Ponte Vasco da Gama 1998», a imagem dos dois pilares mais emblemáticos colocados acima do nível do Tejo e, na parte inferior deste nível, aberto no relevo, velame de caravela da época, cortado pelo contorno da própria moeda.

Ponte Vasco da Gama

A Ponte Vasco da Gama é uma ponte sobre o rio Tejo, na área da Grande Lisboa, ligando Montijo e Alcochete a Lisboa e Sacavém, muito próximo do Parque das Nações, onde se realizou a Expo 98. Inaugurada a 4 de Abril de 1998, a ponte é a mais longa da Europa e é actualmente a nona mais extensa de todo o mundo, com os seus 17,3 km de comprimento, dos quais 10 estão sobre as águas do estuário do Tejo.

O vão (comprimento do tabuleiro) do viaduto central é de 420 m. Foi construída a fim de constituir uma alternativa à ponte 25 de Abril para o trânsito que circula entre o norte e o sul do país na zona da capital portuguesa.

Aquando da sua construção foi necessário tomar especiais cuidados com o impacto ambiental, visto que atravessa o Parque Natural do Estuário do Tejo, uma importante área à escala europeia de alimentação e nidificação de aves aquáticas. Foi também necessário proceder-se ao realojamento de 300 famílias.

O nome da ponte comemora os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498.

É uma das mais altas construções de Portugal, com 155 m de altura. A ponte tem um perfil transversal de 3+3 vias, ou seja, um total de seis vias, com um limite de velocidade de 120 km/h. Em dias de vento, chuva ou de céu nublado, o limite de velocidade é reduzida para 90 km/h. O número de vias pode ser alargado para oito, quando o tráfego chegar a uma média diária de 52 000 veículos.

O projecto foi dividido em quatro partes, as quais foram construídas por empresas diferentes, e foi supervisionado por um consórcio independente. Encontraram-se até 3300 trabalhadores em simultâneo com o projecto, o qual constituiu 18 meses de preparação e 18 meses de construção.

A ponte tem uma esperança de vida de 120 anos, tendo sido projectada para suportar velocidades do vento de 250 km/h e resistir a um sismo 4,5 vezes mais forte do que o histórico Terramoto de Lisboa, em 1755, sismo estimado em 8,7 na escala de Richter. As fundações mais profundas, com um diâmetro de 2,2 m, foram conduzidas a uma profundidade de 95 metros abaixo do nível médio do mar.

Devido ao tamanho da ponte, foi necessário tomar em conta a curvatura da Terra, no planeamento correcto, pois em caso contrário, um desvio de 80 cm seria verificado em cada extremidade desta.

As pressões ambientais ao longo de todo o projecto resultaram numa preocupação para a preservação dos pântanos existentes por baixo da ponte, assim como a iluminação nocturna da ponte, a qual está inclinada para dentro, de forma a não lançar luz sobre o rio.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

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