sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Solor e Timor


Série: VI Série dos Descobrimentos Portugueses - Na Rota das Especiarias
Ano: 1995
Valor facial: 200 escudos
Metal: cuproníquel 75/25
Acabamento: normal
Diâmetro: 36 mm
Peso: 21 g +/- 1,5%
Bordo: serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 750.000
Escultor: Eloisa Byrne
Legislação: Decreto-Lei n.º 111/95, de 23 de Maio

A/: apresenta, na parte superior do campo, o escudo das armas nacionais, no lado direito, o valor facial “200 Esc.”, em duas linhas, na parte inferior, uma nau portuguesa quinhentista, no lado esquerdo, uma representação da árvore do sândalo, na orla superior, a legenda “República Portuguesa”, na orla inferior, a era “1995” e, junto ao rebordo, uma dupla cercadura de triângulos.

R/: apresenta, no centro do campo, uma representação cartográfica das ilhas de Solor, Atauro e Timor, tendo sobreposta ao centro a cruz da Ordem de Cristo, rodeada por diversos elementos alegóricos e representativos dos mitos, tradições, usos e costumes do povo maubere, designadamente a cobra, símbolo das forças primordiais geradoras de vida, o búfalo, símbolo de riqueza, o cavalo timorense, o crocodilo, da lenda da criação de Timor, e o diadema, insígnia de chefia, no lado inferior direito, a representação de um régulo de meio corpo de perfil à esquerda, com as suas insígnias e panos tradicionais e, junto ao rebordo, uma dupla cercadura de triângulos.

Solor
Solor é uma ilha vulcânica das Pequenas Ilhas de Sunda, na Indonésia. Dá nome a um arquipélago, situado a leste da ilha das Flores, constituído igualmente pelas ilhas de Adonara e Lomblen (ou Lembata). Com cerca de 40 km de comprimento por 6 km de largura, tem cinco vulcões. Forças portuguesas estabeleceram-se na ilha em 1520, erguendo uma fortificação na aldeia costeira de Lamakera, no extremo leste da ilha, para apoio à navegação entre as Molucas e Malaca. A fortificação foi abandonada em meados do século XVII.

Timor
Timor é uma ilha da Insulíndia, politicamente repartida em duas metades: o Timor Oeste (ou Nusa Tenggara Timur), que constitui uma província da Indonésia, e Timor-Leste, outrora uma colónia portuguesa, mais tarde ocupada e anexada pela Indonésia em Novembro de 1975, e que se tornou independente em 2002. Em Timor-Leste a língua portuguesa é falada por cerca de 5% da população. A língua tétum predomina e é língua co-oficial, junto com o português.

De acordo com fontes antropológicas, a ilha já se encontrava habitada por um pequeno grupo de caçadores e agricultores por volta de 12000 a.C. A abundância de madeira de sândalo, mel e cera de abelhas na ilha, atraiu a atenção de comerciantes da China esporadicamente a partir do século VII.

Por volta do século XIV, os habitantes de Timor pagavam tributo ao reino de Java. O nome Timor provém do nome dado pelos Malaios à Ilha onde está situado o país, Timur, que significa Leste. A formação do comércio local esteve na origem de casamentos com famílias reais locais, contribuindo para a diversidade étnico-cultural.

O primeiro documento europeu conhecido que fala da ilha é uma carta de Rui Brito Patalin a Manuel I, datada de 6 de Janeiro de 1514, na qual são referidos navios que tinham partido para Timor. Atraídos inicialmente pelos recursos naturais, os portugueses trouxeram consigo missionários e a religião católica. Com a chegada do primeiro governador, vindo de Portugal em 1702, deu-se início à organização colonial do território, criando-se o Timor Português.

Bibliografia
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Wikipédia, a enciclopédia livre - pt.wikipedia.org

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