quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bicentenário das Linhas de Torres

Com as comemorações do Bicentenário das Linhas de Torres pretende-se dar uma maior visibilidade e divulgação a este património cultural e arquitectónico e, simultaneamente, recuperar a memória de tão importante facto histórico a nível nacional e europeu.


Série:
Data de Lançamento prevista: Novembro de 2010
Valor Facial: 2,50 €
Metal: Cuproníquel 75/25
Acabamento: normal
Diâmetro: 28 mm
Peso: 10 g
Bordo: Serrilhado
Eixo:
Tiragem: 75.000
Escultor: José João de Brito
Legislação: Resolução do Conselho de Ministros n.º 26/2010, de 5 de Abril

A/: Na coroa circular envolvente a legenda «República Portuguesa 2010», no campo central surge uma composição constituída pelo escudo nacional e pelo valor facial, que é completada por conjuntos de bombardas.

R/: Figura, junto à orla da moeda, a inscrição «Bicentenário das Linhas de Torres» e, no campo central, são apresentadas as figuras de um oficial e de uma peça de artilharia que se sobrepõem a um diagrama das Linhas de Torres, onde se encontram assinaladas as localidades de Pêro Negro e Torres Vedras.

Denominam-se linhas de Torres Vedras, ou simplesmente Linhas de Torres, o extenso conjunto de linhas fortificadas que, à época da Guerra Peninsular, visava a defesa de Lisboa e seu porto diante das tropas invasoras napoleónicas.

Este peculiar conjunto defensivo foi ordenado por Arthur Wellesley (mais tarde duque de Wellington), após a invasão de Soult (Março a Maio de 1809) na expectativa de uma nova invasão francesa. Baseava-se na ideia de reforço dos obstáculos naturais da região, ao mesmo tempo em que mantinha uma comunicação aberta com o mar, em caso de eventual necessidade de retirada das tropas britânicas pelas suas forças navais.

Os trabalhos iniciaram-se a partir de Novembro de 1809, com as obras de ampliação e reforço do Forte de São Julião da Barra, a que se seguiram a construção do Forte de Sobral, do Forte de São Vicente de Torres Vedras e as fortificações de Mafra, Montachique, Bucelas e Vialonga, sob a direcção do Tenente-coronel britânico Richard Fletcher.

Ainda incompletas, contando com apenas 108 estruturas, entraram em combate em 1810, derrotando as tropas francesas sob o comando do marechal André Masséna, vindo os trabalhos a serem concluídos apenas em 1812.

Considerada como um dos maiores (e mais baratos) feitos da engenharia militar britânica, em 1883 foi erguido em Alhandra o Monumento Comemorativo das Linhas de Torres Vedras.

No total, o conjunto ascende a 152 fortificações, distribuídas entre o mar e o rio Tejo, em posição dominante no terreno circundante, reforçadas por obras complementares de defesa: escarpas e contra-escarpas, trincheiras, fossos, diques, estradas e outros, distribuídas por três linhas principais, subdivididas em distritos e estes, em sectores:

- 1.ª Linha: estendia-se por aproximadamente 46 quilómetros, de Alhandra à foz do rio Sizandro, em Torres Vedras, complementada por uma flotilha de 14 canhoneiras inglesas que patrulhava o rio Tejo (a chamada Bateria do Tejo);
- 2.ª Linha: a cerca de 13 km ao sul da anterior, estendia-se por cerca de 39 km, de (Forte da Casa) a Ribamar;
- 3.ª Linha: a cerca de 27 km ao sul da anterior, compreendia um perímetro defensivo de cerca de 3 km, da povoação de Paço D’Arcos ao Forte de São Julião da Barra, protegendo as cabeças de praia junto à foz do rio Tejo.

Uma 4.ª Linha erguia-se na margem sul do rio Tejo, fechando a península de Setúbal, cobrindo aquele flanco.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

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