quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mosteiro da Batalha

Em 1385, em Aljubarrota, D. João I, mestre de Avis, vencia as tropas castelhanas, ultrapassando a crise dinástica que ameaçava a sobrevivência de Portugal. Três anos depois, mandava erguer, em "honra e louvor" de Nossa Senhora, a cuja intercessão em favor de Portugal o rei atribuía a vitória, "uma casa de oração". A "casa de oração" viria a ser o Mosteiro da Batalha, obra monumental que introduz o "gótico português" no mapa da grande arquitectura mundial. Em reconhecimento do seu valor histórico e da sua extraordinária beleza, a UNESCO elevou o Mosteiro da Batalha a Património Mundial, em 1983.
Série: Património Mundial
Ano: 2005
Valor Facial: 5 €
Metal: prata 500 º/oo
Acabamento: normal
Diâmetro: 30 mm
Peso: 14 g
Bordo: serrilhado
Eixo: vertical
Tiragem: 300.000
Escultor: António Marinho
Legislação: Decreto-Lei n.º 104/2005, de 29 de Junho

A/: O escudo nacional com a esfera armilar, as legendas «República Portuguesa», «5 Euro» e a era da moeda, combinados com um apontamento de arcos simples ogivais que evidenciam a essência estrutural e arquitectónica do Mosteiro da Batalha.

R/: A fachada principal do Mosteiro da Batalha, notável exemplo do estilo gótico em Portugal, sobressaindo, no campo inferior esquerdo, um dos arcos do claustro real ou de D. João I, significativo da diversidade estrutural e decorativa existente neste Mosteiro.No quadrante inferior direito, integrado no conjunto e em forma circular, inscreve-se o símbolo do Património Mundial da UNESCO acompanhado da legenda «UNESCO Património Mundial», inscrevendo-se, no rebordo, a legenda «Mosteiro da Batalha»

Mosteiro da Batalha

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha) situa-se na Batalha, Portugal, e foi mandado edificar por D. João I como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos, desde o início em 1386 até cerca de 1517, ao longo do reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos. Exemplo da arquitectura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino, é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal Em Portugal, o IPPAR ainda classifica-o como Monumento Nacional, desde 1910.

No arranque das obras do Mosteiro da Batalha foi construído um pequeno templo, cujos vestígios eram ainda visíveis no princípio do século XIX. Era nesta edificação ― Santa Maria-a-Velha, também conhecida por Igreja Velha ― que se celebrava missa, dando apoio aos operários do estaleiro. Tratava-se de uma obra pobre, feita com escassos recursos.

Em traços esquemáticos conhece-se a evolução do estaleiro propriamente dito e o grau de avanço das obras. Sabe-se que ao projecto inicial corresponde a igreja, o claustro e as dependências monásticas inerentes, como a Sala do Capítulo, sacristia, refeitório e anexos. É um modelo que se assemelha ao adoptado, em termos de orgânica interna, pelo grande mosteiro alcobacense.

A capela do Fundador, capela funerária, foi acrescentada a este projecto inicial pelo próprio rei D. João I, o mesmo acontecendo com a rotunda funerária conhecida por Capelas Imperfeitas, da iniciativa do rei D. Duarte.

O claustro menor e dependências adjacentes, ficaria a dever-se à iniciativa de D. Afonso V, sendo de notar o desinteresse de D. João II pela edificação. Voltaria a receber os favores reais com D. Manuel, mas somente até 1516-1517, ou seja, ate à sua decisão em favorecer decididamente a fábrica do Mosteiro dos Jerónimos.

O Mosteiro foi restaurado no Século XIX, sob a direcção de Luís Mouzinho de Albuquerque, de acordo com a traça de Thomas Pitt, viajante inglês que estivera em Portugal nos fins do Século XVIII, e que dera a conhecer por toda a Europa o mosteiro através das suas gravuras. Neste restauro, o Mosteiro sofreu transformações mais ou menos profundas, designadamente pela destruição de dois claustros, junto das Capelas Imperfeitas e, num quadro de extinção das ordens religiosas em Portugal, pela remoção total dos símbolos religiosos, procurando tornar o Mosteiro num símbolo glorioso da Dinastia de Avis e, sobretudo, da sua primeira geração (a dita Ínclita Geração de Camões). Data dessa altura a actual configuração da Capela do Fundador e a vulgarização do termo Mosteiro da Batalha (celebrando Aljubarrota) em detrimento de Santa Maria da Vitória, numa tentativa de erradicar definitivamente as designações que lembrassem o passado religioso do edifício.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

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