quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sítio Arqueológico do Vale do Côa

A cunhagem de uma moeda alusiva ao vale do Côa vem recordar que há mais de 20 000 anos o homem viveu no vale do Côa e aí deixou marcas da sua história, constituindo um legado único, que pela sua importância se encontra classificado pela UNESCO como património mundial.

Série: Património Mundial
Data de Lançamento previsto: Dezembro de 2010
Valor Facial: 2,5 €
Metal: cuproníquel 75/25
Acabamento: normal
Diâmetro: 28 mm
Peso: 10 g
Bordo: Serrilhado
Eixo:
Tiragem: 75.000
Escultor: António Marinho
Legislação: Resolução do Conselho de Ministros n.º 26/2010, de 5 de Abril

A/: Na orla inferior da moeda, o valor facial, no centro envolvendo o escudo nacional inscreve-se a legenda «República Portuguesa — 2010», como elemento
de fundo surge um conjunto representativo de gravuras de arte rupestre.

R/: No exterior, surge um conjunto de várias espécies de animais sobrepostas, evidenciando um cavalo, à esquerda a palavra «UNESCO» e, no campo central, envolvendo circularmente o logótipo do «Património Mundial» inscreve-se a legenda «Sítio Arqueológico Vale do Côa».

Os sítios de arte rupestre do Vale do Côa situam-se ao longo das margens do rio Côa, sobretudo no município (concelho) de Vila Nova de Foz Côa. Outros municípios abrangidos: Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Pinhel.

Forma uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22000 - 10000 a.C.), constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo.

O património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20 000 anos, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. Desde Agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a alguns núcleos de gravuras.

No vale do Côa existem centenas, talvez milhares de gravuras do período Paleolítico. O seu estudo está a ser realizado por uma equipa de arqueólogos coordenada por Mário Varela Gomes e António Martinho Baptista e demorará anos, talvez décadas.

As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40-50 cm de extensão. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores. Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente perceptíveis. Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.

As gravuras representam essencialmente figuras animalistas, embora se conheça uma representação humana e outra abstracta. Em Março de 1995, ainda não se conheciam representações de signos, característicos da arte rupestre paleolítica. Os animais mais representados são os cavalos e os bovídeos (auroques). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com caprídeos e cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

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