sábado, 24 de abril de 2010

Centro Histórico de Angra do Heroísmo

Angra do Heroísmo é um conjunto urbano único no mundo. Elevada a cidade, por D. João III, em 1534, Angra conserva, na sua malha actual, a traça de origem. Foi ponte, em pleno Oceano Atlântico, entre o Velho e o Novo Mundo. Essa vocação está bem visível no perfil arquitectónico que hoje exibe: nela convivem, harmoniosamente, todos os elementos de uma cidade europeia com os ingredientes das cidades coloniais que Portugal espalhou além-mar. Em reconhecimento da sua excepcional beleza e significado, a UNESCO elevou o Centro Histórico de Angra do Heroísmo a Património Mundial em 1983.

Série: Património Mundial
Ano: 2005
Valor Facial: 5 €
Metal: prata 500 º/oo
Acabamento: normal
Diâmetro: 30 mm
Peso: 14 g
Bordo: serrilhado
Eixo: vertical
Tiragem: 300.000
Escultor: Álvaro França
Legislação: Decreto-Lei n.º 104/2005, de 29 de Junho

A/: Ao centro, o escudo nacional com a esfera armilar, circundado pelas legendas «República Portuguesa» e «5 Euro».

R/: A evocação do centro histórico de Angra do Heroísmo, através da vista da baía da cidade com o Monte Brasil, como elemento imprescindível na identificação do conjunto, a compor o fundo onde se recorta o casario. No alto, no céu, brilha um sol que se transformou no símbolo da UNESCO. Circundando estes elementos, que se encontram colocados no centro do plano, está a legenda «Centro Histórico de Angra do Heroísmo» e a era da moeda.

Centro Histórico de Angra do Heroísmo

O Centro Histórico de Angra do Heroísmo localiza-se na cidade de mesmo nome, na Ilha Terceira, nos Açores. É um conjunto arquitetónico classificado como património mundial pela UNESCO.

Esta cidade, situada na ilha Terceira, foi um porto de escala obrigatório desde o século XV até ao aparecimento dos barcos a vapor, no século XIX. As suas imponentes fortificações de São Sebastião e de São João Baptista, construídas há cerca de 400 anos, são exemplares únicos de arquitectura militar. Execente exemplo de um tipo de construção ou um conjunto arquitectónico, tecnológico ou paisagístico que ilustra um ou mais períodos significativos da história da humanidade.

Vila desde 1474, Angra foi, históricamente, a primeira cidade européia do Atlântico (1584), implantada em consequência da abertura de novos horizontes geográficos e culturais proporcionada pelo ciclo dos Descobrimentos portugueses. Desenvolveu-se a partir de seu porto, que se revestiu de grande importância estratégica entre os séculos XV e XIX, ilustrando a passagem dos modos de viver e de construir da Idade Média para a modernidade proporcionada pelos Descobrimentos e pela Renascença.

Ao longo dos séculos esteve ligada à manutenção do Império Português, como escala obrigatória das frotas do Brasil, da África e das Índias.

A cidade foi abalada por um forte terramoto em 1 de Janeiro de 1980, sendo então iniciados estudos para a sua restauração e proteção.

A classificação pela UNESCO da zona central de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade já em 7 de Dezembro de 1983 - a primeira cidade no país a ser inscrita na lista -, reflete a sua importância histórica e cultural.

O bem inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO é uma área com cerca de seis quilómetros quadrados. Aproximadamente a metade da mesma é constituída pelo centro histórico, enquanto que o restante é constituído pelo extinto vulcão do Monte Brasil, atualmente um parque florestal com restos da cobertura vegetal original, e que a partir de finais do século XVI foi quase que inteiramente cercado por uma extensa linha de fortificações (fortaleza do Monte Brasil).

Pelo porto de Angra (hoje transferido para Praia da Vitória, para dar lugar à marina de Angra) passaram ao longo dos séculos caravelas, naus e galeões que contribuíram para o progresso da cidade e suas gentes, como atestam palácios, conventos, igrejas e fortes.

Não se pode falar de Angra do Heroísmo sem falar da Praça Velha, também conhecida como Praça dos Santos Cosme e Damião ou Praça da Restauração. Foi a primeira praça portuguesa projetada para servir como ponto de encontro de dois arruamentos, de acordo com os ideais urbanos do Renascimento. Caracteriza-se por ser um amplo espaço fronteiro ao edifício da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, tendo o pavimento marcado por pequenos blocos de pedra de calcário e basalto que formam um mosaico português.

A Praça Velha constitui o centro da cidade por excelência, constituindo-se no núcleo a partir do qual se desenvolveram as principais artérias da malha urbana. Ao longo da sua história conheceu diferentes funções: mercado de galinhas e gado aos domingos, palco de corridas de toiros, palco de enforcamentos durante as lutas entre liberais e absolutistas. Durante o século XIX, principalmente a partir de 1879, serviu de palco à Banda de Caçadores nº 10, aquartelados nos Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira e que, durante mais de meio século tocou música para a cidade de Angra.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

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