quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mosteiro dos Jerónimos

Série: Património Mundial
Data de Lançamento: Outubro de 2009
Valor Facial: 2.50 €
Metal: Cuproníquel 75/25
Acabamento: normal
Diâmetro: 28 mm
Peso: 10 g
Bordo: Zonas alternadamente planas e serrilhadas
Eixo: vertical
Tiragem: 150.000
Escultor: Isabel Carriço e Fernando Branco
Legislação: Resolução do Conselho de Ministros n.º 191/2008, de 27 de Novembro

A/: Apresenta, na orla inferior da moeda, a legenda «Portugal», no campo inferior o ano «2009», o valor facial e o escudo nacional, surgindo como elemento de fundo um campo onde se representam nervuras ogivais da abóbada da igreja.

R/: No campo central, surge uma figura alongada composta pela sequência das arcadas da fachada do edifício do Mosteiro dos Jerónimos, culminando com a representação da porta sul da igreja e o respectivo trabalho de gravura. Na orla direita da moeda, encontra-se a legenda «Mosteiro dos Jerónimos» e, no campo inferior, inscrevem-se a designação e o símbolo da UNESCO e o logótipo do «Património Mundial».

Neste trabalho, os escultores Isabel Carriço e Fernando Branco, representam um dos monumentos portugueses mais emblemáticos - o Mosteiro dos Jerónimos, Património Mundial da Humanidade.

No anverso da moeda, os autores representam as nervuras ogivais da abóbada da Igreja, com as suas pedras de fecho. No reverso, "o traço mais característico do Mosteiro no seu conjunto, é a sua forma alongada e a sequência das arcarias da fachada. Por isso, apresentamos uma perspectiva esquemática identificativa do conjunto. Por outro lado, o seu pormenor mais representativo é a Porta Sul da Igreja, razão por que a colocámos em primeiro plano e em maior escala, que irá permitir um minucioso e belo trabalho de gravura."

"Teve um "sabor" muito especial para nós, depois de tantos anos pudemos escrever o nome do nosso país PORTUGAL, que até por si é uma palavra bonita", concluem os escultores.

Mosteiro dos Jerónimos

O Mosteiro dos Jerónimos é habitualmente apontado como a "jóia" do estilo Manuelino. Este estilo, exclusivamente português, integra elementos arquitectónicos do Gótico final e do Renascimento, associados a uma simbologia régia cristológica e naturalista, que o torna único e digno de admiração. Foi declarado Monumento Nacional em 1907 e em 1983 a UNESCO inscreveu-o como "Património Cultural" de toda a Humanidade.

O Mosteiro dos Jerónimos é um mosteiro manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitectura manuelina e o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas-salão da Europa.

Destacam-se o seu claustro, completo em 1544, e a porta sul, de complexo desenho geométrico, virada para o rio Tejo. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos. O monumento foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.

Encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias. Escolhido o local, junto ao rio em Santa Maria de Belém, em 1501 é iniciada a obra com vários arquitectos e construtores, entre eles Diogo Boitaca (plano inicial e parte da execução) e João de Castilho (abóbadas das naves e do transepto – esta com uma rede de nervuras em forma de estrela –, pilares, porta sul, sacristia e fachada) que substitui o primeiro em 1516/17. No reinado de D. João III foi acrescentado o coro alto.

Deriva o nome de ter sido entregue à Ordem de São Jerónimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755 mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.

Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa.

Após 1834, com a expulsão das Ordens Religiosas, o templo dos Jerónimos foi destinado a Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Maria de Belém. Numa extensão construída em 1850 está localizado o Museu Nacional de Arqueologia. O Museu da Marinha situa-se na ala oeste.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org
Colaboração especial dos escultores Isabel Carriço e Fernando Branco

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