Bordo e Rebordo

Estes termos podem parecer sinónimos mas estabeleceu-se uma distinção entre eles. O rebordo é o limite extremo da orla, é ligeiramente mais alto que as figuras e legendas, para impedir o seu desgaste rápido. Desempenha um papel importante nas moedas modernas por permitir que seja mais fácil empilhá-las.

O rebordo é uma linha de metal saliente que corre ao longo do perímetro. Os rebordos podem ser delgados ou espessos, lisos ou ondulados. No entanto, na grande maioria das moedas modernas, o rebordo é relativamente fino.

No rebordo existe normalmente um anel de finos ornamentos, tanto gotas circulares como dentes alongados. Esse é o tipo de pormenor que apresenta tendência para variar de uma cunhagem para outra, e os coleccionadores procuram minúsculas variações ou muitas vezes limitam-se a contar essas gotas


O lado da moeda vista na vertical é designado por bordo. É a parte mais estreita da moeda que corresponde à sua espessura. Pode ser serrilhado, ornado, liso, com legenda, etc.

Serrilhagem e granulagem

A serrilha foi o primeiro elemento de segurança a ser introduzidos nas moedas. A serrilha era o lavramento feita no bordo das moedas, em forma de sarra (daí lhe advindo o nome arcaico de sarrilha). Surgiu para evitar que as moedas fossem cerceadas, isto é, para que as pessoas não raspassem ou limassem os bordos da moedas para retirarem metal.

Em Portugal, a serrilha foi inventada por Manuel Rodrigues da Silva, abridor de cunhos da Casa da Moeda de Lisboa, que a aplicou pela primeira vez em 1688, no reinado de D. Pedro II (1683-1706), Para os finais do séc. XX, e encerrando o ciclo definitivo do combate ao cerceio, foi ainda introduzido a serrilha por segmentos, alternando com espaços lisos.

O cidadão comum refere-se frequentemente a este aspecto como “serrilhagem”, o que é um erro de classificação. O termo numismático para isto é granulagem. O grão nas moedas é composto normalmente por estes entalhes verticais. Em alguns casos, são encontradas moedas com um grão fino ou mais grosseiro, e a contagem dos entalhes fornece uma distinção de variedades. Actualmente, a sua principal finalidade é auxiliar os invisuais ou as pessoas com problemas de visão a distinguirem entre moedas de elevado e pequeno valor.

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