segunda-feira, 2 de agosto de 2010

XII Mundial de Futebol - México 86

De entre as modalidades desportivas de maior prática e popularidade em Portugal o futebol ocupa lugar de particular destaque, não só pelo elevado número de desportistas praticantes, amadores e profissionais, como também e sobretudo pelo entusiasmo com que este desporto é acompanhado pelos Portugueses como espectáculo-competição entre as muitas dezenas de clubes federados.

A circunstância de a selecção nacional de futebol se ter qualificado para participar na fase final do 13,º Campeonato Mundial de Futebol, a realizar neste ano de 1986 no México, facto que desde 1966 não acontecia, aliada ao reconhecimento por parte do Governo do relevante contributo dos clubes desportivos e suas federações para o fomento desportivo em Portugal, justifica que se assinale a participação da selecção das quinas no 13.º Campeonato Mundial de Futebol com a emissão de uma moeda comemorativa.

Série:
Ano: 1986
Valor facial: 100 escudos
Metal: cuproníquel 75/25
Acabamento: normal
Diâmetro: 34 mm
Peso: 16,5 g +/- 1,5%
Bordo: serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 500.000
Escultor: Alberto Gomes e J. Cabaço
Legislação: Decreto-Lei n.º 76-A/86, de 30 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 202-A/86, de 22 de Julho

A/: apresenta, na metade superior do campo, as armas nacionais laureadas, ladeadas pela era 19-86 e circundadas pela legenda "República Portuguesa"; na metade inferior do campo, o valor facial "100 escudos".

R/: apresenta, no campo, as figuras de dois jogadores em despique pela posse do esférico, sobrepondo-se a uma baliza no fundo e ladeadas pela legenda "XIII Mundial de Futebol" - "México 86"; junto à orla, na parte inferior, o emblema da selecção nacional de futebol.

Campeonato do Mundo de Futebol - México 86

A Copa do Mundo FIFA de 1986 foi a 13ª Copa do Mundo disputada, e contou com a participação de 24 países divididos em seis grupos de quatro. 113 países participaram das eliminatórias.

O Mundial de 1986 seria disputado na Colômbia. Porém, os graves problemas económicos deste país impediram os colombianos de serem os anfitriões do torneio. A FIFA ofereceu o Mundial para o Brasil, mas o Governo de José Sarney recusou. Então o Mundial foi aceite pelo México, que foi escolhido para sediar o mundial mais uma vez. Nem mesmo os terremotos um ano antes do mundial colocaram em risco a realização do Mundial.

Foi um Mundial no qual o grande nome foi sem dúvida Diego Armando Maradona. Após o vexame de 1982, a Argentina vinha com uma equipa renovada. Maradona, Jorge Valdano, Jorge Burruchaga e Nery Pumpido foram nomes de uma equipa que se deu ao luxo de abrir mão da titularidade de Daniel Passarella.

Já o Brasil, na primeira fase, ganhou da Espanha por 1 a 0, que deveria ter sido empate com um golo de Michel, que o juiz não viu (a bola bateu na trave e após a linha), 1 a 0 na Argélia, 3 a 0 na Irlanda do Norte (com um golaço de Josimar) e 4 a 0 na Polónia com outro lindo golo de Josimar. O Brasil, com uma defesa mais consistente do que em 1982, só sofreu um golo, justo no fatídico empate com a França nos Quartos de Final, onde Zico, aos 30 do segundo tempo viu Joël Bats defender o penalti que daria a classificação à selecção canarinho da silva.

O Mundial de 1986 também marcou a despedida da "geração Platini", e a França ficou com o 3º lugar, eliminada pela segunda vez consecutiva pela Alemanha e os principais jogadores de tão frustrados abriram mão de jogar pelo 3º lugar contra a Bélgica.

Mesmo assim, a França ganhou por 4 a 2. Os "Diabos Vermelhos" (a selecção belga) foram a grande surpresa da copa, pois eliminaram selecções favoritas como a URSS, nos oitavos por 4 a 3 num jogo sensacional, e a Espanha, que um jogo antes goleou a Dinamarca por inacreditáveis 5 a 1 com uma actuação espectacular de Emilio Butragueño, que fez quatro golos naquele jogo.

A sensação da primeira fase foi a "Dinamáquina", que aplicou uma sonora goleada no Uruguai por 6 a 1, e venceu ainda a Alemanha, grande favorita, por 2 a 0 e caiu contra a Espanha nos Oitavos.

Marrocos classificou-se num grupo que tinha a Inglaterra, Polónia e Portugal e só foi eliminado nos Oitavos, contra a Alemanha, com um golo de falta de Lothar Matthäus no fim do jogo. A boa campanha marroquina confirmava o início de uma fase constante de boas participações de equipes africanas em Copas.

A Argentina, com o génio Maradona, ganhou da Coreia do Sul na estreia por 3 a 1, empatou em seguida com a Itália, campeã mundial e grande decepção do mundial, por 1 a 1, e consolidou o primeiro lugar com 2 a 0 na Bulgária. Nos oitavos ganhou por 1 a 0 ao Uruguai, nos Quartos, 2 a 1 na Inglaterra, num dos jogos mais antológicos da história do futebol mundial. Maradona, literalmente, acabou com o jogo.

Fez um golo de mão, e depois um dos mais belos golos de todos os tempos, onde passou por seis ingleses, incluindo o guarda-redes. Na semifinal, espantou a zebra belga por 2 a 0 com outro golaço do pibe de ouro. Na final, Argentina e Alemanha Ocidental. A Argentina abre 2 a 0 com golos de José Luis Brown e Valdano, a Alemanha procura o resultado e empata com golos de Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Völler, mas, no final, num descuido de Matthäus, implacável marcador, Maradona encontra Burruchaga e o lança na cara do golo: 3 a 2 para a Argentina. Desta vez, ao contrário de 1978, sem contestações.

Eliminatórias
Há 20 anos que Portugal não participava numa final do campeonato. No sorteio das eliminatórias, Portugal ficou alinhado com Alemanha, Checoslováquia, Suécia e Malta. Duas equipas por grupo iriam ao campeonato.

Portugal começou bem, indo ganhar à Suécia por 1 a 0, em Estocolmo, a 12 de setembro de 1984. Foi a primeira vitória frente à Suécia. O golo foi de Gomes. Depois, no Porto, a 14 de Outubro, Portugal derrotou a Checoslováquia por 2 a 1, com golos de Diamantino Miranda e Carlos Manuel; com Janecka pelos checoslovacos.

Mas, um mês depois, a 14 de Novembro, em Lisboa, Portugal cedeu 1 a 3 com a Suécia, com um golo de Rui Jordão, Nilsson e Prytz (2) pelos suecos. Em Malta, a 10 de Fevereiro, Portugal ganhou por 1 a 3, com golos de Gomes (2) e Carlos Manuel, Ferrugia marcou o golo dos malteses.

Esse jogo caracterizou-se por ter sido jogado da parte da manhã, antes de almoço. Com a Alemanha, em Lisboa, a 14 de Fevereiro, Portugal voltou a perder 1 a 2 (Diamantino marcou para Portugal; Völler e Pierre Littbarski marcaram para a Alemanha). As esperanças de qualificação ficaram quase completamente arrasadas com mais uma derrota, desta vez em Praga, a 25 de Setembro por 1 a 0, golo de Hruska. Com Malta, em Lisboa, Portugal venceu novamente, mas tangencialmente 3 a 2, com golos de Gomes (2) e José Rafael; Frederico marcou na sua própria baliza; Di Giorgio marcou também por Malta.

Fase final
No México, Portugal ficou no grupo da Inglaterra, Polónia e Marrocos; à partida era um grupo acessível. A equipa portuguesa instalou-se em Saltillo. A 3 de Junho de 1986, em Monterrey, Portugal estreou bem, vencendo a Inglaterra por 1 a 0, gol de Carlos Manuel.

Portugal alinhou com: Bento; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino (aos 83' José António), Jaime Pacheco, André, Sousa; Carlos Manuel e Gomes (aos 73': Futre).

Inglaterra com: Shilton; Gary M. Stevens, Fenwick, Butcher, Sansom; Glenn Hoddle, Bryan Robson(aos 60': Hodge), Wilkins, Chris Waddle (aos 80' Peter Beardsley): Hateley e Lineker.

Mas algo estava mal entre a delegação portuguesa. Os jogadores e a federação não chegavam a acordo sobre prémios de jogo. Havia problemas de indisciplina e entre o primeiro e o segundo jogo, os jogadores fizeram greve aos treinos. Além disso, o guarda-redes português, Bento, partiu uma perna na véspera do segundo jogo, tendo sido substituído por Vítor Damas. A 7 de Junho, também em Monterrey, Portugal defrontou a Polónia e perdeu por 0 a 1, com golo de Smolarek.

Portugal alinhou com Vitor Damas; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino, Jaime Pacheco, André (aos 73': Jaime Magalhães), Sousa; Carlos Manuel, Gomes (aos 46': Futre).

Polónia com: Młynarczyk; Pawlak, Wójcicki, Majewski, Ostrowski; Matysik, Komornicki (aos 57' Karaś), Boniek; Smolarek (aos 75' Zgutczyński), Dziekanowski, Urban.

A 11 de Junho, em Guadalajara, Marrocos, que antes havia surpreendentemente empatado com Polónia e Inglaterra, ganhou 3 a 1 (Khairi (2) e Krimau; Diamantino).

Portugal alinhou com: Damas; Álvaro (aos 55' Rui Aguas), Frederico, Oliveira, Inácio; Pacheco, Magalhães, Sousa (aos 69' Diamantino), Carlos Manuel; Gomes, Futre.

Marrocos com Zaki; Khalifi, El Biaz, Bouyahyaoui, Lemriss (aos 69' Amanallah); Dolmy, El Haddaoui (aos 71' Souleymani), Timoumi, Khairi; Bouderbala, Krimau

Portugal ficou em último lugar e foi eliminado.

A greve de Saltillo deixou marcas profundas: a quase totalidade dos jogadores que foram ao campeonato do Mundo recusaram voltar a jogar pela selecção durante dois anos, e Portugal viu-se obrigado a jogar com uma equipa de reservas.

Caso Saltillo
O Caso Saltillo foi uma rebelião e greve dos jogadores da selecção nacional de futebol de Portugal, durante o Campeonato do Mundo de Futebol de 1986, que se realizou no México. O nome deriva da cidade mexicana de Saltillo, onde a equipa portuguesa estava alojada. Para muitos dos amantes do futebol em Portugal, Saltillo representa uma das páginas mais negras e vergonhosas do desporto português.

Portugal passou vinte anos sem participar nas fase finais dos Campeonatos do Mundo de Futebol. A sua primeira (e única) participação remontava a 1966. Em 1984, Portugal chegou ao terceiro lugar do Campeonato Europeu de Futebol, e muitos comentadores esperavam que se viessem a reabrir as portas do grande futebol internacional a Portugal. As esperanças viriam a ser goradas.

Portugal qualificou-se para a fase final do Campeonato do Mundo com um segundo lugar no grupo de qualificação, um ponto só à frente do terceiro colocado (não apurado para a fase final), a Suécia, e após a Alemanha. A campanha de qualificação portuguesa foi deveras perturbada e muito irregular; a qualificação só foi assegurada no último jogo, com uma surpreendente vitória em Estugarda, frente à Alemanha por 1-0. Foi a primeira vez após 1945 que a Alemanha perdeu um jogo de qualificação em casa.

O sorteio para a fase final correu mal. Não tanto pelos adversários (Inglaterra, Polónia e Marrocos), mas pelo facto de dois dos jogos serem jogados a baixa altitude, em Monterrey e o terceiro em Guadalajara, a mais de 1.600 metros acima do nível do mar. Desta forma, a preparação para os possíveis jogos seguintes em altitude seria perturbada.

Não foi fácil a vida de José Torres, para escolher os 22 jogadores que iriam ao México. Rui Jordão, um dos melhores marcadores de sempre, tinha tido uma época infeliz, perturbada por conflitos no seu clube, o Sporting. Manuel Fernandes, o melhor marcador da época, tinha decidido alguns anos antes não jogar mais pela selecção.

A selecção foi anunciada a 19 de Abril de 1986:
Guarda-redes: Manuel Bento, Vítor Damas e Jorge Martins.
Defesas: João Pinto, António Morato, Pedro Venâncio, Augusto Inácio, António Veloso, José António, Frederico Rosa, Álvaro Magalhães e Luís Sobrinho.
Centro-campistas: Jaime Magalhães, Carlos Manuel, Jaime Pacheco, António André, António Sousa, Paulo Futre e José Ribeiro
Avançados: Diamantino Miranda, Rui Águas e Fernando Gomes.

Poucas horas da selecção partir para o México, anunciou-se que Veloso tinha tido um teste positivo por dopagem com Primobolan, um esteróide anabolizante. Ele foi substituído por Fernando Bandeirinha, que foi acordado de madrugada e enviado directamente para o aeroporto. O episódio criou bastante tensão entre os jogadores que acreditavam na inocência de Veloso, como mais tarde uma contra-análise viria a provar.

A selecção portuguesa tinha naquela altura o apelido Os Infantes por referência a um hino humorístico em sua honra, com letra de Carlos Paião, cantado por Herman José.

A própria viagem para o México foi fonte de dissensões. Em vez de irem directamente para o México, a Federação tinha escolhido voos com escala em Frankfurt, na Alemanha, e em Dallas, nos Estados Unidos. Nisto e noutros pormenores à chegada se verificava que a Federação Portuguesa de Futebol descuidava os aspectos logísticos e não se preocupava grandemente com a necessidade de repouso e de aclimatação à altitude. A selecção instalou-se em Saltillo, onde também estava a equipa inglesa.

O hotel em Saltillo não era adequado, por não permitir preservar os jogadores da curiosidade de jornalistas nacionais e estrangeiros. O campo de treinos estava numa encosta e, assim, Portugal treinava num relvado que subia na primeira parte e descia na segunda. Os jogos de preparação foram realizados com equipas amadoras locais.

Mesmo esses jogos foram descuidados; num deles Diamantino deu mesmo um entrevista dentro do próprio campo de jogo, durante o jogo. Um jogo mais sério contra o Chile estava previsto, mas foi anulado pelo facto dos Chilenos reclamarem um prémio de jogo demasiado elevado.

Além disso, havia rumores de actividades sexuais com prostitutas locais, o que terá criado animosidade telefónica com as famílias em Portugal. A autoridade do chefe da delegação portuguesa, Amândio de Carvalho, o vice-presidente federativo, era inexistente, e o presidente Silva Resende estava sempre ausente na cidade do México.

A tensão foi progressivamente aumentando dentro da selecção. Os jogadores ameaçaram fazer greve se os seus prémios de jogo não fossem melhorados. Além disso, os jogadores queixavam-se de serem obrigados a fazer publicidade para empresas (designadamente Adidas e a cerveja Cristal) que tinham contratos com a Federação) sem serem remunerados.

A 25 de Maio, os jogadores recusaram treinar. Algumas reivindicações dos jogadores foram retiradas dado que não tinham apoio da opinião pública em Portugal. Mais tarde, certos jogadores treinaram com as camisolas pelo avesso, para evitar fazer publicidade rentável para a Federação.

O primeiro jogo foi contra a Inglaterra. O jogo tinha uma carga emocional profunda. Tinha sido também com a Inglaterra que, 20 anos antes, Portugal tinha perdido o acesso à final de 1966. Carlos Manuel, que havia marcado o golo decisivo contra a Alemanha, nas qualificações, voltou a marcar, e Portugal venceu por 1-0. O jogo aparentemente mais difícil tinha corrido bem.

Portugal: Bento; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino (aos 83' José António), Jaime Pacheco, André, Sousa; Carlos Manuel e Gomes (aos 73': Futre).

Inglaterra: Shilton; Gary Stevens, Fenwick, Butcher, Sansom; Hoddle, Bryan Robson(aos 60': Hodge), Wilkins, Waddle (aos 80' Beardsley): Hateley, Lineker.

O jovem Paulo Futre esperava vir a ser a grande revelação do campeonato. Mas o treinador deixava bem claro que não o colocaria na equipa principal, embora o anunciasse como arma secreta. A temível dupla avançada do Porto Futre-Gomes nunca era posta a jogar simultaneamente.

Viria saber-se mais tarde que Futre não jogava para se obter um equilíbrio entre os jogadores das diferentes equipas portuguesas e evitar conflitos. Depois, o mítico guarda-redes Bento partiu uma perna durante um treino, possivelmente devido à má qualidade do relvado; Bento nunca mais viria a jogar nem na selecção nem no seu clube, o Benfica. O seu substituto, Damas, também era experiente, mas reagiu mal à responsabilidade acrescida e teve uma depressão.

No segundo jogo, a 7 de Junho, também em Monterrey, Portugal perdeu com a Polónia, uma equipa teoricamente acessível, por 0-1, com golo de Smolarek.

Portugal: Damas; Álvaro, Frederico, Oliveira, Inácio; Diamantino, Jaime Pacheco, André (aos 73': Jaime Magalhães), Sousa; Carlos Manuel, Gomes (aos 46': Futre).

Polónia: Młynarczyk; Pawlak, Wójcicki, Majewski, Ostrowski; Matysik, Komornicki (aos 57' Karaś), Boniek; Smolarek (aos 75' Zgutczyński), Dziekanowski, Urban.

Tudo ficava assim guardado para o jogo final do grupo com Marrocos, a 11 de Junho, em Guadalajara. Um empate seria suficiente para garantir a qualificação às duas equipas. Portugal perdeu humilhantemente por 3-1, com golos de Khairi (2) e Krimau. Diamantino marcou para os lusitanos.

Portugal: Damas; Álvaro (aos 55' Águas), Frederico, Oliveira, Inácio; Pacheco, Magalhães, Sousa (aos 69' Diamantino), Carlos Manuel; Gomes, Futre.

Marrocos: Zaki; Khalifi, El Biaz, Bouyahyaoui, Lemriss (aos 69' Amanallah); Dolmy, El Haddaoui (aos 71' Souleymani), Timoumi, Khairi; Bouderbala, Krimau.

Portugal foi último do seu grupo e eliminado. O campeonato estava acabado para a equipa portuguesa.

José Torres demitiu-se e foi substituído por Rui Seabra. A maior parte dos que fizeram greve no México foram excluídos dos próximos jogos da selecção, designadamente o apuramento para o Campeonato da Europa de 1988. Durante dois anos, Portugal foi obrigado a jogar com a sua segunda equipa. Os resultados foram péssimos, incluindo um dos piores resultados de sempre, um empate em casa contra Malta. Seabra viria a ser demitido também e substituído por Juca Pereira. A selecção foi progressivamente reconstruída, mas, durante dez anos, Portugal esteve ausente das principais competições internacionais.

Durante a preparação para o Campeonato do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, a selecção passou por algumas situações que fizeram lembrar Saltillo. Tal como antes do México, Portugal tivera uma boa prestação no Campeonato da Europa de 2000, ficando em terceiro lugar.

Durante a preparação antes de partir para a Ásia, a equipa teve maus resultados, incluindo uma derrota em casa com a acessível equipa da Finlândia por 4 a 1. Kenedy foi suspenso por dopagem. Uma passagem por Macau, a caminho da Coreia, saldou-se por um êxito de compras e um fracasso de preparação física; o acordo sobre prémios de jogo chegou tarde. Tal como no México, Portugal viria a ser eliminado por equipas de menor valia na primeira fase do campeonato.

Bibliografia
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Wikipédia, a enciclopédia livre - pt.wikipedia.org

Subscribe | More

Sem comentários:

Enviar um comentário