terça-feira, 19 de outubro de 2010

EXPO 98 – Golfinhos


Ano: 1997
Valor Facial: 200 escudos
Metal: bimetálica
Acabamento: normal
Diâmetro: 28 mm
Peso: 9,8 g +/- 3,5%
Bordo: alternadamente liso e serrilhado
Eixo: horizontal
Tiragem: 1.000.000
Escultor: José Simão
Legislação: Decreto-Lei nº 171/97, de 8 de Julho

A/: apresenta, no centro do campo, o escudo das armas nacionais ladeado, à direita, pelo valor facial «200 Escudos», em duas linhas, tendo por baixo três faixas onduladas e, na orla, intervalada por representações de rebites de uma vigia sobre o mar, a legenda «República Portuguesa » e a era «1997».

R/: apresenta, no centro do campo, o logótipo da EXPO 98, tendo por baixo uma composição de três golfinhos e, na orla, intervalada por representações de rebites de uma vigia sobre o mar, a legenda «Exposição Mundial de Lisboa».

Os golfinhos ou delfins são animais cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, sendo que existem 37 espécies conhecidas de golfinhos dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis.

São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. A sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.

Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, excepto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam directamente ligados às actividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução.

Possuem o extraordinário sentido de eco localização ou biossonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas. Os predadores dos golfinhos são os tubarões e principalmente o ser humano. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre um mutualismo.

O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém, muitas vezes, os golfinhos acabam se enroscando nas redes, podendo morrer. O comprimento das redes, além do necessário, assim como a poluição, também aumentam a predação.

Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixes e lulas, mas alguns preferem moluscos e camarões. Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pelas excreções químicas dos peixes, presentes na urina e as fezes.

O golfinho possui o extraordinário sentido da eco localização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta frequência ou ultra-sónicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de cliques ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos.

Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som propaga-se na água cinco vezes mais rápido do que no ar.

A frequência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie. Quando o som atinge um objecto ou presa, parte é reflectida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro.

Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela eco localização. Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido.

Quanto mais perto está do objecto que examina, mais rápido é o eco e com mais frequência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objecto ou presa em movimento.

Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objectos simultaneamente.

A eco localização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objecto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objecto ou presa. Esses factores tornam a eco localização do golfinho muito superior a qualquer sonar electrónico inventado pelo ser humano. A temperatura dele varia com a da água 28 a 30 °C.

Os golfinhos por serem mamíferos e apresentarem respiração pulmonar devem constantemente realizar a hematose a partir do oxigénio presente na atmosfera, tal fato obriga os golfinhos e muitos outros animais aquáticos dotados de respiração pulmonar a subirem constantemente à superfície.

Uma das consequências desta condição é o sono baseado no princípio da alternação dos hemisférios cerebrais no qual somente um hemisfério cerebral se torna inconsciente enquanto o outro hemisfério permanece consciente, capacitando a obtenção do oxigénio da superfície.

Bibliografia
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda - www incm.pt
Diário da República Electrónico - www.dre.pt
Wikipédia - pt.wikipedia.org

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